Monday, March 06, 2006



Sinto falta da quietude dos campos, do silêncio dos ruídos do campo... há algo nesta natureza bucólica que apela à tranquilidade e, de cada vez que a deixo, não posso deixar a nostalgia. De volta a casa, até um par de passos a ressoar no hall do rés-do-chão parecem mais ruidosos que os risos e os susurros de sessenta pessoas, mesmo mais que as gargalhadas. Aqui, os espaços parecem fechados e pequenos - claustrofóbicos - e as mesmas coisas parecem pesadas porque o ar é pesado. Até a quietude do silêncio é diferente...
A euforia e o histerismo distorcem o tempo, o espaço, e fazem desesperar por esbaterem e desfazerem o reaprender do respirar, da estagnação... E é dificil e penosamente que voltamos a adequarmo-nos à urbis e ao correr das coisas abreviadas... porque num mundo como o nosso, já tudo se abrevia!



Mas ficam as memórias, e essas são de guardar. O modo como estiveste e estás a meu lado ou atrás à espreita, ou mesmo como vamos desprendidos para nos reconhecermos à noite. Lembro o modo arrojado de atacar os quilómetros na ansia de alguma meia-meta, na vontade de tocar um final de uma etapa qualquer.
Mas não me detenho nas palavras, de qualquer modo tenho de ir. Os símbolos não valem por eles memsos, é por isso que o são - o que importa é o que idealisam ... Mais cedo ou mais tarde esquecemo-los ou deixamo-los de lado, mas as imagens não se perdem e presistem. E assim deixom cá duas fotos e promessa de mais...

[quem pretender consultar algumas fotograifas de 2005, tente http://santiagoclf.com.sapo.pt]

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